O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que qualquer questão ideológica que o distanciava, na última eleição presidencial, do senador Davi Alcolumbre (União-AP) e do deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), escolhido no último sábado para comandar o Senado e Câmara, está superada. A declaração foi dada no primeiro encontro entre os três políticos, realizada no Palácio do Planalto, nesta segunda-feira 3.
"[Esse encontro] É uma demonstração de que na hora que você está governando a questão ideológica que dividia durante as eleições fica secundárizada. O que é prioritário são os interesses do povo brasileiro", disse Lula diante de jornalistas.
O encontro desta segunda-feira serviu para que o petista pudeswse apresentar as pautas prioritárias do governo federal que serão enviadas ao Congresso nos próximos meses. Lula não detalhou, na coletiva, qual será a agenda da sua gestão nestes próximos dois anos, mas disse que não mandará para o Senado ou para a Câmara projetos de interesse pessoal ou que tratem de demandas de um único partido político.
"Todos os projetos serão de interesses vitais do povo brasileiro", prometeu. "Jamais mandei um projeto sem antes ouvir as lideranças dos partidos políticos", insistiu Lula em outro trecho.
Tanto Motta quanto Alcolumbre indicaram, na conversa com jornalistas, que não pretendem pautar, ao menos em um primeiro momento, temas que gerem polarização. O foco, garantem os novos presidentes da Câmara e do Senado, será formar uma "pauta positiva" no Congresso Nacional.
"Estamos aqui fazendo essa visita institucional para dizer que a Câmara estará a disposição para construir uma pauta positiva para o País", disse Motta em uma curta declaração. "Na nossa democracia, rege a Constituição, os poderes devem ser independentes e Harmônicos. E essa harmonia é o que o Brasil precisa, sembre buscando ter uma agenda produtiva", concluiu o deputado.
Alcolumbre, por sua vez, disse que a visita a Lula nesta segunda-feira teve um peso simbólico de mostrar que "o poder Legislativo não pode se furtar a ajudar o governo do Brasil a melhorar a vida dos brasileiros."
"O País ainda tem muita desigualdade, e a gente não tem tempo de criar crise onde não existe, porque nosso tempo tem que ser aproveitado integralmente para entregar para as pessoas", destacou. "Precisamos apoiar a agenda do governo", insistiu Alcolumbre.
Comentários