Declaração do presidente remonta atrito envolvendo a Colômbia e Estados Unidos, além de divergências sobre deportados brasileiros. Em represália à Colômbia, Trump afirmou que taxaria produtos do país latino-americano.
A declaração de Lula remonta a situação envolvendo a Colômbia, que se recusou a receber deportados vindos dos Estados Unidos nesta semana e provocou atrito entre os dois países.
Em represália, Trump afirmou que taxaria em 25% produtos vindos do país latino-americano. Após a tensão, a Colômbia concordou a receber os voos.
Na sequência, a Casa Branca anunciou, em um comunicado, que iria pausar a aplicação das tarifas extras e demais sanções anunciadas por Trump.
As declarações do presidente ocorreram durante uma conversa com jornalistas nesta quinta, no Palácio do Planalto, em Brasília (leia mais abaixo).
Visões diferentes
O retorno de Donald Trump à presidência dos EUA é um assunto delicado para o governo brasileiro, já que os mandatários têm visões e lados opostos.
Lula busca estabelecer uma relação pragmática com Trump, especialmente em questões ambientais.
Nesta terça-feira (28), Lula se reuniu com ministros, representantes da Força Aérea Brasileira (FAB) e da Polícia Federal para tratar da deportação de cidadãos brasileiros pelos Estados Unidos, situação que causou uma crise entre os dois países.
A orientação dentro do governo, no entanto, foi para não criar atrito com o presidente recém empossado dos EUA.
Lula não quer se indispor com um país parceiro histórico do Brasil, ainda mais neste início de mandato nos EUA.
O encontro de Lula com os ministros para falar dos deportados ocorreu após o desembarque, em Manaus, capital do Amazonas, de um grupo de 88 brasileiros deportados, transportados algemados e acorrentados.
Isso motivou o governo brasileiro a pedir a retirada das algemas e a enviar um avião da Força Aérea Brasileira para terminar o transporte dos deportados.
Conversa com jornalistas
Lula conversou com jornalistas nesta quinta, no Palácio do Planalto, em Brasília.
A entrevista, sem tema previamente anunciado, marca uma mudança na estratégia de comunicação de Lula.
Na primeira metade do mandato, o presidente chegou a se reunir com jornalistas do Brasil e de outros países em "cafés" no Planalto, com outro tipo de organização e, em geral, uma pergunta por veículo de imprensa.
Há duas semanas, o publicitário Sidônio Palmeira assumiu a Secretaria de Comunicação Social do Planalto, substituindo o deputado Paulo Pimenta.
Fonte: Uol, Globo.
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