São Paulo — Preso desde março deste ano após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) validar a condenação a nove anos de prisão em regime fechado pelo crime de estupro, imposta pela Justiça italiana, o ex-jogador de futebol Robson de Souza, o Robinho, leva uma vida dividida entre o futebol, um clube de livros e aulas onde aprende a consertar rádios e TVs na Penitenciária de Tremembé, conhecida como cadeia dos famosos por abrigar detentos envolvidos em casos de grande repercussão.
Em entrevista a um jornal britânico, o advogado do ex-jogador, Mario Rosso Vale, contou que Robinho tem sido um “presidiário exemplar” e que “está se mantendo ocupado” dentro do presídio no interior paulista, onde aguarda o julgamento do pedido de habeas corpus (HC) feito por sua defesa ao Supremo Tribunal Federal (STF), pedindo sua soltura. Até a manhã deste sábado (16/11) o placar da votação no plenário virtual da Corte, que vai até 26 de novembro, estava 5 a 1 pela manutenção da prisão.
Dentre as ocupações do ex-jogador estão as aulas de um curso de eletrônica para aprender a consertar TVs e rádios. As aulas têm por objetivo ajudar na redução da pena. Cada 12 horas trabalhadas reduz um dia de pena na cadeia. Como o curso possui carga de 600 horas, Robinho pode reduzir em 50 dias sua condenação. Para tanto, ele precisará passar por uma prova para comprovar sua nova habilidade.
O ex-jogador do Santos, do Real Madrid e da Seleção Brasileira também tem mostrado suas habilidades com a bola no campo de terra batida do presídio, onde os detentos disputam torneios internos de futebol. Nos últimos meses, Robinho também virou membro de um clube do livro — a prática de leitura também ajuda na redução da pena.
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